segunda-feira, 9 de dezembro de 2019




Super-ricos no Brasil lideram concentração de renda global
Concentração de Renda Volta a Crescer no Brasil
Brasil tem a 2ª maior concentração de renda do mundo.


Estas são manchetes de jornais que evidenciam o quanto às políticas neoliberais e contra a população das classes baixas têm impactado negativamente a sociedade brasileira. Por outro lado, estas notícias revelam que as classes mais altas e ricas do Brasil estão ainda mais ricas.

O Brasil dos últimos anos amarga o progressivo retorno da desigualdade e nos coloca na segunda posição entre os países com maior concentração de renda no mundo. Atualmente concentramos mais de 15 milhões de pessoas na miséria absoluta. Enquanto o 1% da população mais rica concentra quase 30% da renda, com taxas de crescimento de 8% por ano, e os 5% mais pobres estão perdendo mais de 4% dos seus rendimentos a cada ano.

https://www.youtube.com/watch?v=ZG_Im-DiUN8
A crise política dos últimos anos e as críticas constantes aos investimentos sociais e em programas de distribuição de renda que atendiam as classes mais baixas da sociedade resultaram em ações governamentais que diminuíram drasticamente os investimentos em educação e tecnologia, saúde e assistência, cultura e cidadania, saneamento e infraestrutura. E como resultado da diminuição da alocação do recursos públicos paras as áreas sociais à dinâmica econômica de geração de emprego e renda foi atingida, agravando o quadro de carência da população pobre do país. A paralisação dos investimentos em infraestrutura e de forma mais específica nas áreas de saneamento tem provocado a ampliação de diversos problemas de saúde e o alastramento de doenças consideradas controladas ou extintas. 

Em meio as contraditórias, polêmicas, e, por vezes, ilegais ações contidas na cruzada contra a corrupção, os setores produtivos que geravam mais emprego e oportunidades para os trabalhadores da construção civil  foram quase que aniquilados impactando fortemente o mercado de trabalho.

Caminhamos para um cenário catastrófico com aprofundamento da desigualdade e de todos os problemas resultantes da concentração de renda: dificuldade de acesso à terra e a moradia, problemas de mobilidade urbana, dependência tecnológica, consumo restrito, aumento dos problemas ambientais fruto da desorganização urbana e da predação dos recursos ambientais, privação de alimentação por considerável parcela da sociedade.

Tínhamos avançado positivamente durante duas décadas com indicies expressivos de crescimento econômico, consumo de proteínas, sobretudo carne bovina, cereais, eletroeletrônicos, automóveis, casa própria e caminhamos para um momento surpreendente de aumento da população universitária que evidenciava a alavancagem das classes E, D e C.

No entanto, os últimos três anos de experiências liberalizantes com implantação de fórmulas econômicas que se notabilizaram por transferir, ainda, mais renda e riqueza para as classes altas resultaram no atual quadro vergonhoso de conquistarmos o pódio da nação democrática com os piores índices de desigualdade do mundo. 





Analisando essa cadeia hereditária
Quero me livrar dessa situação precária
Onde o rico fica cada vez mais rico
E o pobre cada vez mais pobre
E o motivo todo mundo já conhece
É que o de cima sobe e o de baixo desce.
 
Xibom Bombom






https://brasil.elpais.com/brasil/2019/11/06/politica/1573049315_913111.html
 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Orçamento da Cultura da Baixada Fluminense: fomento, produção, difusão e circulação da cultura na BF Levantamento, análise e relatório de in...