sexta-feira, 20 de março de 2020

Que a Itália nos sirva de exemplo


Já vivemos o drama diário dos hospitais sem leitos e emergências, com a falta de remédios e às mínimas condições de controlar bacterias e infecções por falta de recursos. Impera o descompromisso dos governantes e a ausência de vontade política de reconhecer a importância do SUS, que se evidencia com a progressiva diminuição de alocação de recursos e investimentos que viabilizem ações que atendam universalmente a sociedade, sobretudo, a classe trabalhadora que torna o nosso cenário mais cruel e em descompasso com o atual quadro de pandemia.


Nossos profissionais da saúde se desdobram realizando verdadeiros milagres ao realizar uma medicina de guerra, acolhendo, acompanhando, cuidando e recuperando casos de baixa, média e grande complexidade. 

 Em meio a crise e ao caos da saúde brasileira surge este coronavírus que põem em risco a saúde da humanidade e com mais risco daqueles que são pobres e vivem em aglomerados urbanos sem sanemaneto básico e atendimento preventivo de saúde coletiva.

O vídeo abaixo tem como objetivo mostrar que, mesmo em países em condições muito melhores que as nossas, em momentos de crise é difícil garantir a recuperação e a vida daqueles que amamos.

O Brasil não pode tratar o coronavírus como uma gripizinha, porque nossa população já está doente e os impactos do Covid19 podem ser catastróficos para o país.


Vejamos o desafio dos italianos e façamos uma reflexão sobre a nossa realidade que já é muito mais temerosa que esta do vídeo com pacientes pelo chão dos hospitais, cobertos com jornais, com UPAs lotadas, com postos de saúde sem a mínima infraestrutura.

Temos que fazer a nossa parte no controle da disseminação do vírus, já que o governo federal nos abandona dizendo que é a maior crise pandemica do século XXI é só uma gripizinha.


quinta-feira, 19 de março de 2020

Explicando o inexplicável, coronavírus e o risco da saúde do governo Bolsonaro


Tomado por ciúmes e raiva, Bolsonaro finda a reunião com os ministros, após a constrangedora coletiva de imprensa com o Gabinete da Crise, diluindo o protagonismo de Mandetta e transferindo a culpa das manifestações para os assessores. 

Com toda tensão do dia, a coordenação das ações políticas está perdida em meio ao temor do gradativo afastamento da base aliada que manifesta abertamente descontentamento com o governante. 

A equipe ministerial permaneceu muda enquanto o presidente soltava frases desconexas e manifestava uma grande preocupação com a sua imagem e com os efeitos do panelaço. Chamou atenção, em particular, a atenção e tratamento desrespeitoso que o chefe da nação dispensou aos governadores do Rio de Janeiro e de São Paulo. Enquanto falava algumas frases repetidas e soltas procurava com os olhos a aprovação de Paulo Guedes e Sérgio Moro que, a cada dia demonstram mais o incômodo de ficar ao lado do presidente.  

A reflexão da cúpula do poder é que a inabilidade do presidente vai sair caro para o governo. No entanto, há uma evidente sensação que não há espaço para uma avaliação honesta e com objetivo de diminuir os impactos da crise sobre a gestão Bolsonaro. A assessoria do presidente tem ficado acanhada e com receio de ser fritada pelo instável humor do mandatário do país e vê com constrangimento o líder da nação jogar a responsabilidade sobre os outros e se trocar por governadores e ministros, como se estes estivessem no comando do Brasil.

De forma histérica, Bolsonaro exigiu ações e a montagem de uma estratégia para diminuir as críticas ao governo, o que despertou sentimentos desoladores nos seus próprios ministros que se depararam com um cenário no qual o presidente se preocupava mais com sua imagem do que com a saúde da população. 

Em meio ao tiroteio de ideias perdidas, consolidaram a proposta de apresentação de um pacote de ações por dia - só não se sabe quais ações serão apresentadas - mas elas devem ganhar um peso maior do que as que forem apresentadas pelos governadores. O objetivo das ações deve ser conter o tempo e a moral perdida.


Como resultado do conjunto de erros realizados pelo presidente desde que começou a crise, por todo o país, durante a coletiva e ao longo da noite, ecoaram panelas e palavras contra o presidente e um governo que se arrasta pelo peso da vergonha alheia.


Orçamento da Cultura da Baixada Fluminense: fomento, produção, difusão e circulação da cultura na BF Levantamento, análise e relatório de in...