domingo, 15 de abril de 2012

Quem se responsabiliza pelo que não ocorreu?
Duvido existir lição melhor do que aquelas recebidas nas conversas entre amigos. Sou um grande apreciador da prosa mole que ganha os fins de tarde com os professores da vida. Outro dia conversando com alguns amigos, na sua maioria, beirando os sessenta anos, pude notar uma indignação comum a todos eles; uma espécie de pergunta titilante que fica no ar: quem paga a conta daquilo que não aconteceu no país? Quem se responsabiliza pelos projetos inacabados ou abandonados? A quem deve ser entregue a conta das históricas mazelas que estão afligindo o país?
Em um almoço bastante informal, entre uma aula e outra, tive a seguinte declaração de um amigo professor engenheiro industrial:

“Toda a nossa equipe do BNDE foi desmontada com entrada do novo Ministro, Delfin Neto, vários projetos que já estavam em andamento foram abandonados, extintos e engavetados. No entanto, já havia recursos carimbados para várias atividades que precisavam de continuidade para se alcançar os resultados. Muitos projetos tinham ligação direta com universidades que desenvolviam pesquisas nas áreas de física, química, agronomia, informática e tantos outros que foram abandonados. Todos foram interrompidos, ceifados antes de gerarem frutos.
Quem se responsabiliza por todo o investimento feito e que foi abandonado?
O que houve com os recursos que estavam      
                                                                                     disponíveis para cada programa e projeto?”

O meu amigo então saltava estas perguntas no ar e eu percebia que havia mais que uma melancolia, o que ele desejava era que alguém se responsabilizasse por tudo que foi abandonado. Por todo o dinheiro perdido. Por tudo que poderia ter realizado para desenvolver o país.
Após alguns dias, eu via se repetirem as perguntas. Em um fim de tarde, conversando com outros dois amigos professores, que já estão no magistério a mais de quarenta anos, surgiu uma questão sobre os problemas atuais do ensino. E, de pronto, a questão estava ali outra vez: a quem devemos responsabilizar pelo caos e falência da educação?

“Como um dos melhores modelos de educação dos anos 50 e 60 se transformou em um dos piores do mundo?”

E o jogo de afirmações e questionamentos começou mais uma vez por aqueles que acompanharam as mudanças neste país nos últimos cinqüenta anos.


“Um professor necessitava lecionar oito tempos por semana para conseguir manter-se com dignidade. Tinha tempo para estudar, ler e se atualizar para ministrar uma excelente aula. E sabia que estava formando cidadãos e profissionais. Atualmente, ele deve lecionar mais de sessenta tempos semanais, alguns chegam a setenta, para conseguir um nível de vida próximo ao que era proporcionado por seis tempos a 30 anos atrás. Trabalhamos como um escravo do período colonial e não temos respeito algum por sermos professores. Sofremos de uma espécie de dilema contraditório de sermos monstros da reprovação e vítimas do sistema; somos heróis solitários que salva os que querem e algozes dos que desistem; somos o problema do orçamento do sistema público e privado e a solução do futuro do país. Mas como se manter professor?”

Quem pagará a conta de uma sociedade que não tem mão de obra qualificada? Como empregar analfabetos funcionais para manusear máquinas e equipamentos com instruções em língua estrangeira?
Neste momento de crescimento econômico em que chegamos à sexta economia do mundo e que atraímos grandes investimentos estrangeiros é inexplicável e inaceitável que o país tenha um sistema de educação falido, com professores mal pagos e insatisfeitos e com alunos desestimulados e sem uma percepção clara de qual lugar irão ocupar em uma economia globalizada.
Para muitos governos ainda impera a histórica ideia de que educação não dá voto e, portanto, deve ficar em segundo plano para outras questões que são mais urgentes e populares.

Os casos se multiplicam e estes exemplos de questionamentos das gerações que foram prejudicadas pelas decisões de técnico-burocratas e políticos sem caráter público que, em nome de medidas emergenciais ou da busca por “ações que dão voto”, abandonaram os programas necessários a continuidades de projetos em nível municipal, estadual e federal.
Quem garantirá o emprego de quem não tem formação?
Como formar novas gerações de professores?
Onde está o dinheiro que foi desviado, roubado e não empregado na educação?
Porque devemos acreditar que no futuro será diferente com tantos escândalos na televisão?
Eduardo Prates

Sobre o PIB:
Sobre Educação:








Matérias das Provas A1 Unisuam


Olá meus queridos alunos,
deixo aqui no blog algumas informações sobre as provas da A1 das Disciplinas Teoria Política e Empreendedorismo e Cooperativismo.


Matéria da Prova de Teoria Política A1

Apostila Introdução à Ciência Política - Notas de Aula: Do Capítulo 1 (aula 1) ao capítulo 6 (aula 6) da apostila.  Da autora Maria Izabel Braga Weber Vanderlei.

E até a página 50 do Livro: Política para não ser idiota. Dos autores Mário Sergio Cortella e Renato Janine Ribeiro.


                    Matéria da Prova de Empreendedorismo e Cooperativismo A1



Informações trabalhadas em sala de aula e contidas nas apostilas, livros e artigos
Desenvolvimento Industrial; A questão do trabalho; Fordismo; Taylorismo; Welfare States (Estado de Bem Estar Social); Período de ouro do capitalismo; Crise do Fordismo, Estado de Bem Estar Social, Padrão Ouro Dólar; Toyotismo; Padrão Flexível de Produção; Just in time; Globalização; Consumismo; Apolítica; Novo Paradigma de Desenvolvimento; Empreendedorismo, Empreendedorismo Social e Empreendedorismo Privado.

Livro: Empreendedorismo Social: Transição para a Sociedade Sustentável - Francisco P. de Melo Neto , Cesar Froes. Capítulos 1, 2 e 3.

Artigo: Empreendedorismo social no Brasil: atual configuração, perspectivas e desafios – notas introdutórias - Edson Marques Oliveira.

Como foi avisado nas aulas, a leitura dos textos tem importância fundamental no processo de avaliação.
As perguntas da Prova são retiradas das apostilas, livros e artigos.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Roteiro para empreendedores

 "Empreendedor é alguém que sonha e busca transformar o seu sonho em realidade. É preciso que as crianças desenvolvam o potencial de sonhar, que aqui significa conceber o futuro, e sejam capazes de transformar esse sonho em realidade." FERNANDO DOLABELA

O Observatório do Prates indica este texto curtinho, mas muito interessante sobre empreendedorismo.
Tenho usado o livro do Dolabela, Oficina do Empreendedor, com meus alunos de Empreendedorismo Social da Unisuam e estamos tendo muito sucesso na formação das instituições do terceiro setor ou privadas.

Devemos participar do Controle Social dos recursos da nossa cidade

Eventos
O que é?
A Controladoria-Geral da União, com o apoio da Embaixada Britânica no Brasil e das entidades Amarribo, Avante e Instituto de Fiscalização e Controle, realizou em Brasília, entre os dias 25 e 27 de setembro de 2009, o I Seminário Nacional de Controle Social, com o objetivo de apresentar boas práticas de participação da sociedade no acompanhamento e controle da gestão pública e de debater os limites e as possibilidades do exercício do controle social no Brasil.
Para debater, aprofundar e disseminar conhecimentos e informações acerca do tema, o I Seminário Nacional de Controle Social trouxe a Brasília diversos especialistas e cidadãos que vivem o dia-a-dia do controle social no Brasil e dão a sua contribuição para que os recursos públicos sejam empregados com mais efetividade, transparência e dentro dos parâmetros legais. As palestras abordaram temas como democracia, participação, papel da mídia, orçamento, gastos públicos, políticas públicas, além dos relatos de diversas experiências bem sucedidas na área.

Mais sobre o evento
  • Objetivo
    Com a realização deste seminário, a CGU pretendeu contribuir para que cada cidadão, individualmente, ou reunido em conselhos ou associações civis, seja estimulado a exercer o seu papel de sujeito no planejamento, gestão e controle das políticas públicas.

    O controle social, entendido como a participação do cidadão na fiscalização, no monitoramento e no controle das ações da Administração Pública, tem a finalidade de verificar se o dinheiro público está sendo usado de maneira adequada. O controle social complementa os controles realizados pelos órgãos que fiscalizam os recursos públicos – os órgãos de controle interno e externo. Além disso, os cidadãos têm, muitas vezes, melhores condições de acompanhar a aplicação do dinheiro público, pois utilizam os serviços e conhecem de perto os eventuais problemas que acontecem no dia-a-dia.

  • Eixos Temáticos
    - Conselhos de Políticas Públicas: atuação, representatividade e autonomia.
    - Cultura Política e Participação.
    - Os Desafios da Mobilização e Capacitação de Cidadãos para o Controle Social.
    - A Importância da Transparência Pública e do Acesso a Informação para o Exercício do Controle Social.
    - O Controle Social das Políticas de Saúde, Educação e Bolsa-Família.
    - O Controle Social dos Gastos Públicos.

  • Público-alvo
    - Conselheiros de Políticas Públicas
    - ONGs e entidades que atuam no acompanhamento e controle da gestão pública
    - Agentes públicos, professores, estudantes, jornalistas
    - Cidadãos interessados no debate sobre participação e controle social

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Apostila Introdução a Ciência Política

Para as turmas de Ciência Política. Este é o material básico de apoio às aulas.
A apostina denominada Introdução à Ciência Política: Notas de Aula.


www.ebah.com.br/ciencias-politicas-pdf-a41127.html
www.4shared.com/document/8ENrDa0f/Maria_Izabel_Braga_Weber_Vande.html

LIvro Empreendedorismo social

Em breve estaremos lançando um Livro sobre Empreendedorismo Social na UNISUAM.
algumas questões curiosas sobre o empreendedorismo social:
O volume de recursos destinado ao Terceiro Setor equiva ao Quinto PIB mundial.
A crise do Estado alimenta o crescimento do Terceiro Setor, mas de onde sai a maioria dos recursos para o terceiro setor.

Orçamento da Cultura da Baixada Fluminense: fomento, produção, difusão e circulação da cultura na BF Levantamento, análise e relatório de in...