segunda-feira, 16 de abril de 2012

Como está sendo gasto o Orçamento Municipal de de Duque de Caxias?


Um bilhão e Trezentos milhões de Reais para ser um dos piores do país.
Duque de Caxias tem um IDEB de 4,2 em 2011

Eduardo Prates
As diversas divulgações com informações do Ministério da Educação sobre o Índice de Educação Básica (IDEB) sobre o município de Duque de Caxias traduzem a falta de um projeto de educação para o município, ineficiência dos projetos pedagógicos e caos que passa a rede. Se, de um modo geral, os especialista em educação consideram que os investimentos na área são fundamentais para a transformação da realidade de qualquer sociedade e a Educação tem papel estratégico no desenvolvimento econômico e social, como explicar o caso de Duque de Caxias. O segundo maior orçamento em Educação do Estado e um dos maiores do País teve um dos piores desempenhos do Brasil. Ficando atrás de municípios do Vale do Jequitinhonha e do Semi-Árido do Piauí, regiões mais pobres de nossa nação.

Evolução do IDEB - Municípios Região Metropolitana
Orçamento
Educação 2010  Em Milhões de Reais
Municípios
2005
2007
2009
2007
2009
2011
MIGUEL PEREIRA
4.8
5.1
5.5
4.9
5.2
5.6
11.315.427,05
RIO DE JANEIRO
4.2
4.5
5.1
4.3
4.6
5.1
2.254.501.453,87
MESQUITA
3.7
3.9
4.1
3.7
4.1
4.5
45.179.969,56
QUEIMADOS
3.7
3.9
3.9
3.8
4.1
4.5
43.369.865,31
SAO JOAO DE MERITI
3.7
3.6
4.0
3.8
4.1
4.5
67.927.733,10
NOVA IGUACU
3.6
3.9
4.0
3.7
4.0
4.4
202.855.280,64
BELFORD ROXO
3.5
3.6
3.7
3.5
3.9
4.3
127.213.007,11
PARACAMBI
3.4
4.5
4.5
3.5
3.8
4.3
17.588.572,63
DUQUE DE CAXIAS
3.3
3.7
3.8
3.4
3.7
4.2
380.252.378,74
MAGE
3.3
3.6
3.6
3.3
3.7
4.1
111.933.645,45
JAPERI
3.1
3.7
3.6
3.2
3.5
4.0
33.071.167,92
NILOPOLIS
3.0
3.9
3.6
3.1
3.4
3.8
34.355.360,90



O IDEB é um indicador desenvolvido com o objetivo de combinar informações de desempenho em exames padronizados (Prova Brasil ou Saeb) – obtido pelos estudantes ao final das etapas de ensino (4ª e 8ª séries do ensino fundamental) – com informações sobre a aprovação dos alunos. Desta forma, se constitui em um instrumento indicador que serve para avaliar a qualidade de ensino das escolas.

Quando analisamos a evolução dos dados na cidade de Duque de Caxias percebemos que as informações demonstram que em 2005, a cidade ficou em  76º lugar entre 88 municípios do Estado do Rio de Janeiro. Já 2007, o município ficou na 73ª posição entre os 91 avaliados. Em  2009, a cidade com um dos mais altos volume de transferência de recursos federais e orçamento municipal ficou em último lugar no IDEB fluminense.

Na educação básica (até 8ª série), Duque de Caxias ficou em 72º lugar entre os 73 municípios avaliados em 2005, 80° lugar entre os 83 avaliados em 2007 e em último lugar no IDEB de 2009.

No entanto, o volume de recursos para Educação que a cidade gastou nos últimos cinco anos é maior do que o Orçamento de alguns Estados da Federação e até mesmo de alguns países da América Central e África.
   
Comparativo de Duque de Caxias com Três dos Municípios mais Populos da Baixada Fluminense
Análise Orçamentária e Populacional
Como Explicar esta diferença de desempenho?
Orçamento Educação Nova Iguaçu, Belford Roxo e Queimados
População dos 3 municípios
Gasto per capita Educação Reais
 R$  373.438.153,06
1.403.551,00
 R$                  266,07
Orçamento Educação Duque de Caxias
População Duque de Caxias

 R$  380.252.378,74
855.048,00
 R$                  444,71

Qual o fantástico e contraditório segredo administrativo que possui o Governo de Duque de Caxias de possuir um dos maiores orçamento municipais para educação do país e deixar o município entre as piores posições em relação ao IDEB?



Evolução da Receita Educação Duque de Caxias
Ano
Milhões de Reais
2007
273.248.009,40
2008
343.713.554,70
2009
349.035.091,91
2010
380.252.378,74
2011
413.823.018,00
Total em 5 anos
R$ 1.346.249.034,75



Somado ao Grande volume orçamentário do Município, a Educação de Duque de Caxias tem recebido um significativos montante de transferência de recursos para convênios, o que implicaria em ações com maior controle da União, mas os resultados têm sido a cada ano mais negativo.

Os desafiados colocados para os municípios da Região Metropolitana, em especial a Baixada Fluminense, do Rio de Janeiro são muitos e de diversas ordens. No entanto, em um momento onde o Estado receberá a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, temos a oportunidade de mudar o rumo de uma história marcada por violência, corrupção, pobreza e abandono. A cidade de Duque de Caxias tem um importante papel na transformação desta realidade. E por isso que devemos cobrar ao poder público à responsabilidade para a omissão, a incompetência e apontar os casos de roubalheira. Não somos idiotas e não queremos ser cidadãos de papel. 


Evolução da Receita Educação Duque de Caxias
Ano
Milhões de Reais
2007
273.248.009,40
2008
343.713.554,70
2009
349.035.091,91
2010
380.252.378,74
2011
413.823.018,00
Total em 5 anos
R$ 1.346.249.034,75





Fontes:




domingo, 15 de abril de 2012

Quem se responsabiliza pelo que não ocorreu?
Duvido existir lição melhor do que aquelas recebidas nas conversas entre amigos. Sou um grande apreciador da prosa mole que ganha os fins de tarde com os professores da vida. Outro dia conversando com alguns amigos, na sua maioria, beirando os sessenta anos, pude notar uma indignação comum a todos eles; uma espécie de pergunta titilante que fica no ar: quem paga a conta daquilo que não aconteceu no país? Quem se responsabiliza pelos projetos inacabados ou abandonados? A quem deve ser entregue a conta das históricas mazelas que estão afligindo o país?
Em um almoço bastante informal, entre uma aula e outra, tive a seguinte declaração de um amigo professor engenheiro industrial:

“Toda a nossa equipe do BNDE foi desmontada com entrada do novo Ministro, Delfin Neto, vários projetos que já estavam em andamento foram abandonados, extintos e engavetados. No entanto, já havia recursos carimbados para várias atividades que precisavam de continuidade para se alcançar os resultados. Muitos projetos tinham ligação direta com universidades que desenvolviam pesquisas nas áreas de física, química, agronomia, informática e tantos outros que foram abandonados. Todos foram interrompidos, ceifados antes de gerarem frutos.
Quem se responsabiliza por todo o investimento feito e que foi abandonado?
O que houve com os recursos que estavam      
                                                                                     disponíveis para cada programa e projeto?”

O meu amigo então saltava estas perguntas no ar e eu percebia que havia mais que uma melancolia, o que ele desejava era que alguém se responsabilizasse por tudo que foi abandonado. Por todo o dinheiro perdido. Por tudo que poderia ter realizado para desenvolver o país.
Após alguns dias, eu via se repetirem as perguntas. Em um fim de tarde, conversando com outros dois amigos professores, que já estão no magistério a mais de quarenta anos, surgiu uma questão sobre os problemas atuais do ensino. E, de pronto, a questão estava ali outra vez: a quem devemos responsabilizar pelo caos e falência da educação?

“Como um dos melhores modelos de educação dos anos 50 e 60 se transformou em um dos piores do mundo?”

E o jogo de afirmações e questionamentos começou mais uma vez por aqueles que acompanharam as mudanças neste país nos últimos cinqüenta anos.


“Um professor necessitava lecionar oito tempos por semana para conseguir manter-se com dignidade. Tinha tempo para estudar, ler e se atualizar para ministrar uma excelente aula. E sabia que estava formando cidadãos e profissionais. Atualmente, ele deve lecionar mais de sessenta tempos semanais, alguns chegam a setenta, para conseguir um nível de vida próximo ao que era proporcionado por seis tempos a 30 anos atrás. Trabalhamos como um escravo do período colonial e não temos respeito algum por sermos professores. Sofremos de uma espécie de dilema contraditório de sermos monstros da reprovação e vítimas do sistema; somos heróis solitários que salva os que querem e algozes dos que desistem; somos o problema do orçamento do sistema público e privado e a solução do futuro do país. Mas como se manter professor?”

Quem pagará a conta de uma sociedade que não tem mão de obra qualificada? Como empregar analfabetos funcionais para manusear máquinas e equipamentos com instruções em língua estrangeira?
Neste momento de crescimento econômico em que chegamos à sexta economia do mundo e que atraímos grandes investimentos estrangeiros é inexplicável e inaceitável que o país tenha um sistema de educação falido, com professores mal pagos e insatisfeitos e com alunos desestimulados e sem uma percepção clara de qual lugar irão ocupar em uma economia globalizada.
Para muitos governos ainda impera a histórica ideia de que educação não dá voto e, portanto, deve ficar em segundo plano para outras questões que são mais urgentes e populares.

Os casos se multiplicam e estes exemplos de questionamentos das gerações que foram prejudicadas pelas decisões de técnico-burocratas e políticos sem caráter público que, em nome de medidas emergenciais ou da busca por “ações que dão voto”, abandonaram os programas necessários a continuidades de projetos em nível municipal, estadual e federal.
Quem garantirá o emprego de quem não tem formação?
Como formar novas gerações de professores?
Onde está o dinheiro que foi desviado, roubado e não empregado na educação?
Porque devemos acreditar que no futuro será diferente com tantos escândalos na televisão?
Eduardo Prates

Sobre o PIB:
Sobre Educação:








Matérias das Provas A1 Unisuam


Olá meus queridos alunos,
deixo aqui no blog algumas informações sobre as provas da A1 das Disciplinas Teoria Política e Empreendedorismo e Cooperativismo.


Matéria da Prova de Teoria Política A1

Apostila Introdução à Ciência Política - Notas de Aula: Do Capítulo 1 (aula 1) ao capítulo 6 (aula 6) da apostila.  Da autora Maria Izabel Braga Weber Vanderlei.

E até a página 50 do Livro: Política para não ser idiota. Dos autores Mário Sergio Cortella e Renato Janine Ribeiro.


                    Matéria da Prova de Empreendedorismo e Cooperativismo A1



Informações trabalhadas em sala de aula e contidas nas apostilas, livros e artigos
Desenvolvimento Industrial; A questão do trabalho; Fordismo; Taylorismo; Welfare States (Estado de Bem Estar Social); Período de ouro do capitalismo; Crise do Fordismo, Estado de Bem Estar Social, Padrão Ouro Dólar; Toyotismo; Padrão Flexível de Produção; Just in time; Globalização; Consumismo; Apolítica; Novo Paradigma de Desenvolvimento; Empreendedorismo, Empreendedorismo Social e Empreendedorismo Privado.

Livro: Empreendedorismo Social: Transição para a Sociedade Sustentável - Francisco P. de Melo Neto , Cesar Froes. Capítulos 1, 2 e 3.

Artigo: Empreendedorismo social no Brasil: atual configuração, perspectivas e desafios – notas introdutórias - Edson Marques Oliveira.

Como foi avisado nas aulas, a leitura dos textos tem importância fundamental no processo de avaliação.
As perguntas da Prova são retiradas das apostilas, livros e artigos.

Orçamento da Cultura da Baixada Fluminense: fomento, produção, difusão e circulação da cultura na BF Levantamento, análise e relatório de in...